terça-feira, 7 de agosto de 2012

Voz da Verdade? Que verdade é essa?




Infelizmente é de conhecimento geral que neste ano, a Marcha para Jesus da cidade de Pouso Alegre estará contando com a participação do conjunto musical denominado “Voz da Verdade”. Dizemos infelizmente pois é lamentável que em um evento como este, ocorra a contratação (e correm boatos de que o valor cobrado quase dá para se comprar um carro popular zero-quilômetro) de um conjunto musical que não crê na Bíblia Sagrada.
Repito: o conjunto “Voz da Verdade” não crê na Bíblia Sagrada, chama Jesus de mentiroso e faz com que Ele pareça um abobalhado que anda fala sozinho.
Quem duvida disto, acesse o site oficial da banda: http://www.vozdaverdade.com.br/estudos/ e verifique por si mesmo. Neste site da internet você poderá encontrar, pelo menos três estudos diferentes (destaque para “O único deus”) onde o citado conjunto afirma que não crê na existência da Trindade Divina, a afirma que aqueles que creem na Trindade, na verdade são politeístas (quem adora mais de um deus - idólatra).
Uma coisa é dizermos que não conseguimos entender, e muito menos explicar corretamente o que seja a Trindade Divina, outra coisa é dizer que ela não existe. É bem verdade que a palavra “Trindade” não existe nas páginas da Bíblia (pois é uma palavra que foi criada com o passar dos anos), mas seu ensino está presente de Gênesis à Apocalipse.
A Trindade é um mistério Divino revelado nas páginas da Bíblia Sagrada.
A palavra hebraica que é traduzida por único Senhor na passagem de Deuteronômio 6:4, traduz uma realidade composta. Na língua portuguesa não existem duas palavras diferentes para expressar a ideia de unidade simples e unidade composta, então não conseguimos expressar com exatidão o sentido original do texto em questão. Mas na língua hebraica existem duas palavras diferentes, uma para uma unidade simples, formada de um único elemento, e outra para unidade composta, formada por dois ou mais elementos. Na língua portuguesa o que temos de mais semelhante a isto é a ideia de uma mistura homogênea (por exemplo a massa que fazemos ao misturar água e farinha de trigo) e outra para uma mistura heterogênea (quando, por exemplo, misturamos à mesma massa alguns pedaços de presunto picado, por exemplo). Todas as duas massas podem ser usadas para a produção de um único pão. Um pão é simples, um único pão. E o outro é um pão com recheio, mas ainda assim um único pão.
Então, quando o Antigo Testamento fala que Deus é único, está dizendo que Deus, na sua essência, é um só Deus. Mas não significa que ele seja formado por uma só pessoa. Quando assistimos a um jogo da Copa do Mundo de futebol, torcemos para o Brasil (um só time, formado por mais de um jogador). É mais ou menos a mesma coisa: um só time, formado de vários jogadores. Um só Deus, formado de três pessoas.

Mas qual é o problema de não se crer na Trindade?
O problema é que aquele que não crê na Trindade, está dizendo que existem erros na Bíblia Sagrada. Sim, quem não crê na Trindade não pode acreditar que Abraão, vendo três homens diante de si, se ajoelharia e os chamaria de “meu Senhor” (Gênesis 18:2-3).
Por que os serafins clamariam “Santo, Santo, Santo é o Senhor” (Isaías 6:3 e Apocalipse 4:8) se não fosse para dizer que o Pai é Santo, o Filho é Santo e o Espírito é Santo? Note bem: três pessoas, três vezes Santo!
Porque em Isaías 6:8 Deus pergunta: “a quem enviarei?” e depois pergunta ainda: “quem há de ir por nós?”. Note: o único Deus (singular) pergunta quem será enviado para representa-los (Deus plural), e isto em um só versículo da Bíblia. Singular e plural juntos!
Mais que isto, quem não crê na Trindade chama Jesus de mentiroso e o faz parecer um bobo que anda falando sozinho, pois se não existe Trindade, e se Jesus era o único Deus (sem existir o Pai no Céu), porque Ele iria fazer a oração registrada no Evangelho de João capítulo 17? Jesus estaria falando sozinho feito um louco qualquer?
Hebreus 9:14 diz: “...o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus...”. Se a crença deste conjunto fosse verdade, este versículo deveria ser escrito assim: “...o sangue de Jesus, que por Jesus se ofereceu a Jesus...” e isto é um absurdo!
Não dá para retirar a doutrina da Trindade de dentro da Bíblia Sagrada sem fazer com que Ela pareça conter erros!
O que falar de Estêvão que viu o Céu aberto e Jesus à direita de Deus Pai (Atos dos apóstolos 7:55)? O que falar do batismo de Jesus quando a voz de Deus Pai é ouvida enquanto o Espírito Santo, em forma de pomba, desce sobre Jesus (Mateus 3:16-17, Marcos 1:10-11 e Lucas 3:22)?
Mas o maior problema que existe na crença deste conjunto musical diz respeito à nossa Salvação, pois se não existisse a Trindade, qual o motivo de Jesus morrer na cruz? Se Jesus fosse o Pai, porque Ele morreria para que Ele mesmo pudesse perdoar os nossos pecados? Não seria mais fácil perdoar sem precisar morrer na cruz?
Mas não é isto que a Bíblia Sagrada ensina: como sabemos, todos nós somos pecadores e todo pecado deve ser punido. Assim quando pecamos, Deus Pai precisa nos punir, pois Ele é Santo e Justo. O castigo que merecemos por nossos pecados é a morte e a eterna separação de Deus, através de uma existência eterna no inferno de fogo e enxofre. Mas, Jesus, vendo que todos nós merecíamos este castigo da parte de Deus Pai, decidiu se fazer carne e morrer em nosso lugar, pagando Ele mesmo o castigo dos nossos pecados. Assim, o que acontece é que Jesus sofreu nosso castigo em nosso lugar, e por isto Deus nos olha como se não lhe devêssemos mais nada. É como se eu fizesse uma conta em uma loja e Jesus fosse pagar a conta em meu lugar! É isto que a Bíblia ensina, de Gênesis a Apocalipse!

Deixamos para os irmãos a recomendação do Apóstolo João:
“Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.” (Segunda Carta de João, versículo 11).

terça-feira, 31 de julho de 2012

Palavra Apologética 03 - Todos os caminhos levam a Deus?


Em nosso último artigo "Palavra Apologética" chegamos à conclusão de que todas as religiões são iguais. Então alguém pode perguntar: isto significa que todos os caminhos levam a Deus?
Em primeiro lugar, devemos nos lembrar que todas as religiões pregam a mesma coisa: salvação recebida através das obras de cada um. Tem religião que diz que para ser salvo é necessário participar da missa, outra diz que é necessário guardar o sábado, tem outra que diz que precisamos fazer caridade, existe quem acredite que para ir para o céu é preciso vender revistas de casa em casa, há ainda quem pense que para alcançar a salvação é necessário deixar de lado todo tipo de prazer, e existem ainda vários outros ensinamentos que condicionam a salvação à realização de algum ato ou de alguma obra por parte do ser humano.
Mas, como vimos no artigo anterior, não são nossas obras que nos salvam, mas ao contrário, a Bíblia nos garante que Deus nos salva por nos amar incondicionalmente. Nos salva de graça, não através de nossas obras (Efésios 2:8-9), pois Deus não se agrada dos soberbos e orgulhosos (Tiago 4:6), e por isto não admite que exista algum motivo para que nos gloriemos por nossa salvação, pois todo o Poder, toda Honra e toda Glória pertencem ao nosso Deus e Ele não os reparte com ninguém (Isaías 42:8).

Então como somos salvos?
A Bíblia responde: “...Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9).
Deus que nos ama, enviou seu filho único para morrer pelos pecados de todo aquele que nEle crer (João 3:16). Jesus sofreu e morreu para pagar o preço dos nossos pecados. Ou seja, Jesus nos amou tanto que decidiu se oferecer a Deus para ser punido em nosso lugar. O nosso castigo foi castigado em Jesus (Isaías 53:5). E tudo o que precisamos fazer é nos humilhar diante de Deus, reconhecer que somos pecadores, nos arrepender de nossos pecados e aceitar, pela fé, que Jesus foi castigado em nosso lugar (II Crônicas 7:14). É assim que somos salvos. Simples assim!
Mas o ser humano, orgulhoso por natureza, não admite ser incapaz de salvar-se a si mesmo, e desta forma, inventa várias maneiras diferentes para saciar seu desejo de merecer alcançar a sua própria salvação. Desta forma o ser humano cria as diversas religiões, cada uma delas segundo o gosto de cada “freguês”.
Mas Jesus disse que só podemos chegar até Deus através dEle (João 14:6), e que só existem dois caminhos: um estreito, que conduz ao céu (que é aceitar a verdade que explicamos neste artigo) e um segundo caminho, largo, que conduz ao inferno (Mateus 7:13). Não há mais nenhum caminho, só dois. Ou seguimos pelo caminho que nos conduz até Deus (Jesus – João 14:6) ou estamos no caminho errado que nos levará até o inferno.

Qual caminho você escolhe?

Esperamos contar com sua leitura e com seus comentários e dúvidas. Escreva para nós: missaojudas3@yahoo.com.br

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pare de reclamar da sua Igreja e olhe para aqueles que são perseguidos por sua fé!




Nós que fazemos parte da Igreja Livre, facilmente nos enfadamos dela. Por anos, eu pouco absorvi frequentando os cultos e reuniões em minha igreja local. Os sermões eram chatos. A música era desconcertante. A comunhão era inexistente.
A experiência de congregar e cultuar com outras pessoas parecia antiga e sem sentido. E era. Não estou exagerando no que falo e nem expressando amargura. Ir para a igreja em meu país era um teste de resistência.
Até que eu conheci de perto a Igreja Perseguida!
Estávamos em 50 pessoas, espremidas em um cômodo no andar de cima. O louvor foi silencioso. A vizinhança era hostil à comunidade. Então, um pregador se levantou. Um homem idoso com uma estrutura magra e mechas de cabelo saltando de uma mancha em seu queixo. Tão logo ele disse uma frase, irrompeu em lágrimas. Ele continuava dizendo: 'Nunca pensei que teria o privilégio de pregar novamente'. Então, ele ria e chorava, repetindo grandes gemidos e soluços. Logo, todos estavam chorando com ele. Exceto eu. Isto prosseguiu por cerca de meia hora e comecei a ficar enfadado de tudo e de todos. Ele continuava a falar a mesma coisa e meu tradutor continuava dizendo: 'É o mesmo versículo, é o mesmo versículo'. Tudo o que esse homem fazia era repetir a mesma frase da Escritura, explodir em lágrimas, rir e, então, falar a mesma frase novamente. Pensei comigo: 'Que tipo de culto é esse? Que culto inútil!'
Mas, após o culto, conheci o homem idoso e, ao ouvir sua história, me arrependi de minha atitude.
Ele era um pregador que havia sido ordenado no fim dos anos 50, na China. Pastoreou uma igreja por apenas seis meses, antes de ser fechada. Foi preso, passando 20 anos na prisão. Após sair, ficou doente por muito tempo, mas, finalmente, com a idade de 77 anos, teve forças para falar novamente.
Eu havia testemunhado seu primeiro sermão em 31 anos! Não é de admirar que ele não tenha se controlado. Tentei imaginar como deve ter sido manter a palavra de Deus consigo por 31 anos sem saber se voltaria a pregá-la novamente. Então, de repente, poder fazê-lo.
Como se prega um sermão após um silêncio de 31 anos? Não é de admirar que ele tenha sido superado pela emoção. Ele disse: 'Nunca pensei que teria o privilégio de pregar a Palavra a um grupo de cristãos com suas Bíblias abertas novamente. Nos longos anos de prisão, pensei que essa experiência nunca mais aconteceria. E quando aconteceu, tudo o que eu podia fazer era engasgar no versículo que me manteve: 'Cantem o seu louvor na assembleia dos santos' (Sl. 149.1b).'
Voltei para casa com a mente transformada. Comecei a frequentar a igreja com entusiasmo, exibindo a todos a minha Bíblia, louvando-O pela liberdade. Chegava na igreja bem mais cedo, andava pelos corredores e orava, agradecendo a Deus pelo prédio e pela liberdade de fazer nosso culto.
Quando o pregador falou, agradeci a Deus por ele não ter medo. Quando a Bíblia foi lida, agradeci a Deus pelos homens que arriscaram suas vidas, no passado, para imprimir e distribuir esta palavra em minha língua. Quando cantamos um hino, eu cantei alto, agradecendo a Deus por não ter de sussurrar em tons silenciosos.
Verdadeiramente, posso dizer que é glorioso participar da adoração em comunidade! Parei de reclamar de quão pobre era essa experiência e me regozijei pelo puro privilégio de frequentar uma reunião sem medo.
A Igreja Perseguida me resgatou da amargura, da mesmice, da mornidão espiritual e me ensinou a testemunhar dos feitos do Senhor, das bênçãos recebidas, especialmente daquelas às quais eu não dava valor."
Ron Boyd-MacMillan é coordenador estratégico e trabalha com a Portas Abertas Internacional há mais de 20 anos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Palavra Apologética 02 - Todas as religiões são iguais!

Todas as religiões são iguais? É muito comum ouvir esta frase em nosso dia-a-dia. Gostaria de te convidar a pensar a respeito.
Religião é uma palavra que na sua origem latina significa “re-ligar”. Na verdade religião é o nome que damos a um grupo de ensinamentos que buscam “re-ligar” o ser humano ao Deus que o criou. Assim, existem várias religiões diferentes, e cada uma delas tenta ensinar uma maneira diferente de fazer o ser humano se aproximar de Deus.
Deus é um ser espiritual que vive afastado do ser humano devido ao pecado. O pecado separa o homem de Deus, pois o homem é pecador e Deus é Santo (a palavra “santo” significa exatamente “separado”), mas, ao mesmo tempo, o espírito humano que foi criado para viver em comunhão com Deus faz nascer no homem o desejo e a necessidade de buscar uma reaproximação com este Deus criador do homem.
Todas as religiões são iguais neste ponto, pois todas elas ensinam uma forma de fazer o ser humano se reaproximar de Deus. Todas as religiões tentam fazer o homem “subir” para alcançar a Deus, mas a Bíblia diz que isto é impossível. Por mais que o homem tente, se esforce e procure se achegar até Deus, a santidade (separação) de Deus é tão grande que o homem nunca conseguirá se aproximar de Deus através de seus esforços, sejam eles quais forem.
Mas então o que é que a Bíblia Sagrada fala sobre a re-ligação do homem com o seu criador?
Enquanto todas as religiões (todas sem exceção) igualmente ensinam uma forma de fazer o homem chegar até Deus, a Bíblia Sagrada nos mostra um Deus que busca se aproximar do homem.
Esta é a diferença entre aquilo que cremos e aquilo que as religiões ensinam. A Bíblia Sagrada nos mostra um Deus de amor, um Deus que ama a sua criação. Um Deus que continua amando o ser humano apesar de todos os seus pecados.
E é por isto que Deus enviou Jesus, para que através dEle, Deus se aproximasse do ser humano. Se o homem não pode se aproximar de Deus pela Sua grande santidade, então Deus decidiu “descer” e se aproximar do homem.
“Porque Deus amou o mundo de uma tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Evangelho de João 3:16)

Esperamos contar com sua leitura e com seus comentários e dúvidas. Escreva para nós: missaojudas3@yahoo.com.br

Palavra Apologética - Introdução


Apologética, palavra que vem de Apologia que significa defesa de um ponto de vista ou de uma opinião. No sentido dado por esta coluna, significa defesa da crença na Bíblia Sagra e de seus ensinos.
Ou seja, através desta coluna, vamos estar meditando em pontos doutrinários que, segundo cremos, devem ser defendidos por todos aqueles que creem na Palavra de Deus.
Em sua primeira carta aos crentes da cidade de Corinto, o Apóstolo Paulo escreveu: “E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” (I Co 11:19), e é exatamente o que pretendemos fazer: vamos nos manifestar em relação a várias mentiras que são ensinadas no mundo moderno, e que, infelizmente, acabam por invadir a mente e a maneira de pensar de alguns dos nossos irmãos em Cristo.
Você tem medo de discutir as suas crenças? Você tem medo de conversar com pessoas que acreditam em ensinos diferentes daquilo em que você acredita? Você tem certeza que aquilo em que você acredita é a verdade? Como você sabe se aquilo em que você acredita é mesmo a verdade? Todas as religiões são iguais? Todos os caminhos levam até Deus? O que importa na verdade não é o amor? A Bíblia ensina a não julgar as crenças das outras pessoas ou a defender a nossa fé? O que Jesus faria: concordaria com os ensinos errados de outras religiões, ou acusaria os falsos mestres de mentirosos?
Estas são algumas das questões que vamos analisar nas próximas edições desta coluna. Esperamos contar com sua leitura e com seus comentários e dúvidas. Escreva para nós: missaojudas3@yahoo.com.br